Um crime sexual cometido há 15 anos no Distrito Federal, no qual a Polícia Civil não havia conseguido apontar a identidade do estuprador, foi solucionado graças ao trabalho desenvolvido por peritos do Instituto de Pesquisa de DNA Forense (IPDNA) da PCDF. O cruzamento de dados genéticos, por meio do Banco Nacional de Perfis Genéticos, conduziu os investigadores até o agressor.
O crime ocorreu em uma residência em Brasília, no ano de 2007, e o primeiro suspeito foi descartado após exame de DNA na época. A confirmação ocorreu após um “match” (combinação) entre materiais coletados no corpo da vítima e no perfil genético de um condenado que cumpre pena por outro delito, em Minas Gerais.
Os vestígios com amostras de DNA foram inseridos em abril de 2022 no banco nacional. A análise dos perfis genéticos foi realizada em conjunto pelos laboratórios de perícia oficial do Distrito Federal e de Minas Gerais. “Esse caso ilustra a importância da coleta, do processamento e do exame de vestígios de crimes e de amostras biológicas de condenados por crimes violentos e inserção dos bancos de perfis genéticos”, afirma André Meirelles, presidente da Associação Brasiliense de Peritos em Criminalística (ABPC).
Como o inquérito será reaberto e a vítima ainda não foi informada sobre a prisão do seu algoz, a PCDF não forneceu mais detalhes sobre a ocorrência.
O perito ressaltou que, apesar do sucesso deste caso, ainda é pequena a quantidade de vestígios dessa natureza processados e inseridos no banco nacional. Segundo o especialista, é necessário aumentar o volume de amostras a fim de solucionar outros casos.
Fonte: Metrópoles

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